Umbanda Hoje

 ADULTERAÇÃO DOS ARQUÉTIPOS
ESPIRITUAIS DA UMBANDA 
Comentários
Sobre a Maliciosa Tentativa

       Sempre que possível, além de tornarmos público certos desvios de pensamento e comportamento danosos à Umbanda, sobretudo daqueles que dolosamente tentam subverter as diretrizes do Plano Espiritual, também jogamos aos quatro ventos os motivos que estimulam os mal-intencionados a porem em prática planos escabrosos dentro de nosso segmento religioso. E o fazemos para  abrir os olhos dos que professam a religião de maneira responsável, com seriedade e comprometimento, para que nosso sinal de alerta alcance os milhares de umbandistas, médiuns e fiéis, a ficarem cientes das tramas de bastidores e das artimanhas desenhadas em calabouços empoeirados e de odor desagradável, contra a minha, a sua, a nossa querida e iluminada Umbanda, religião que recebe de braços abertos quem à ela recorre, que acolhe a todos, amparando, aconselhando, enfim dando de “beber e comer” a uma gama infinita de indivíduos que buscam, ou uma palavra amiga, ou o reequilíbrio necessário para que sua vida volte aos trilhos, ou ainda ofertando uma série de ações que visam dar a sustentação necessária para que pessoas abaladas por um sem-número de conflitos, aprumem-se  espiritual, psíquica e materialmente, retornando ao bom caminho que seus desejos tanto almejam.

            Alguns devem estar surpresos com o título do texto – compreendemos -, custando mesmo a acreditarem que a tentativa de subversão das diretrizes espirituais esteja em andamento, mas, infelizmente, é fato. Sementes apodrecidas estão sendo espalhadas por mentes malignas infiltradas em nosso meio religioso, personificadas em marqueteiros anarquistas, em alguns influenciadores digitais aparentemente amistosos, manipuladores na “arte” do jogo de palavras, e ainda em alguns “produtores” de conteúdo digital que estampam suas intenções perniciosas sem pudor algum, mascarados de simpatia artificial, conhecimento religioso de Google e YouTube, e que se sustentam financeiramente utilizando o nome de nossa religião – para eles a Umbanda é um grande e lucrativo negócio -, replicando nas mídias sociais o que “aprenderam” com  “dirigentes” da mesma estirpe.

            Nossa mira terá como alvos aqueles que estão tentando distorcer, perverter a imagem de dois dos principais arquétipos utilizados por espíritos ligados à Corrente Astral de Umbanda, que são o “carro-chefe” e sempre lembrados quando o nome de nossa religião é citado: Caboclos(as) e Pretos(as)-Velhos(as). Aos que possam pensar em teoria da conspiração ou coisa do gênero, convidamos a nos acompanhar durante o correr do texto para, ao final, tirarem suas próprias conclusões.

            É ponto pacífico, pelo menos para quem é umbandista, médium ou assistente, e ainda para os simpatizantes, o que as figuras dos Caboclos/Caboclas e Pretos-Velhos/Pretas-Velhas significam para a Umbanda e o que estes arquétipos projetam sobre as pessoas que, esporádica, ou frequentemente, participam de uma sessão ou gira num templo umbandista. Contudo, não é demais elencar uma série de sensações que enlaçam, senão todos, pelo menos a maioria dos que frequentam um terreiro. Ali, certamente, muitos se veem diante de atributos tais como amor, humildade, coragem, mansidão, paciência, carinho, fé, ombro paternal, colo maternal, e outros tantos sentimentos e comportamentos positivos exalados pelos trabalhadores espirituais de Umbanda. E este foi um dos motivos pelos quais a Corrente Astral de Umbanda captou de indígenas e negros os arquétipos a serem utilizados por uma gama de espíritos integrados à então nova Corrente Espiritual, necessário ao desempenho dentro dos templos de Umbanda, ficando claro que a escolha de tais modelos de expressão espiritual tiveram porquês para serem adotados (vide matérias A Corrente Astral de Umbanda – Página Principal e Roupagens Espirituais na Umbanda – nº 52).

            Feita a exposição, necessária como contraponto ou muro de contenção às investidas ardilosas sobre a estrutura e a dinâmica da Umbanda, DENUNCIAMOS o venenoso esforço de alguns em semear o caos dentro do Movimento Umbandista (terreiros, médiuns, fiéis, simpatizantes), fazendo uso das redes sociais  para difundir ideias surradas, provenientes de ideologias anacrônicas e cruéis,  claramente alienantes e destrutivas ao nosso meio religioso. Se alguns duvidam que este evento esteja ocorrendo – achamos razoável que alguns pensem desta maneira – conclamamos a nos acompanharem na exposição dos fatos e, ao final, entenderem o que se passa no sombrio mundo de articulações degradantes.

            Muito embora quase todos os umbandistas, sejam médiuns, fiéis ou simpatizantes, saibam o que representa e projeta a imagem dos arquétipos a que já nos referimos – Caboclo(a) e Preto(a)-Velho(a) – mal intencionados querem corromper, distorcer, subverter toda a estrutura edificada pela Corrente Astral de Umbanda que é aplicada nos terreiros sérios e respeitáveis, dando aos arquétipos citados uma “ressignificação” belicista (de guerra, confronto, hostilidade), frontalmente contrária à Espiritualidade Superior, numa ação repugnante e diametralmente oposta aos ditames da Cúpula Espiritual de Umbanda. Querem subjugar aos seus caprichos ideológicos/revisionistas as causas e finalidades para o surgimento da Umbanda em solo brasileiro, desejando que nossa religião seja um campo de batalhas, contendas, conflitos, em que os “orientadores” estimulem os súditos a pensarem e agirem conforme seus interesses. Passando por cima do que foi projetado e executado pela Espiritualidade – farão o que for necessário para terem êxito -, querem influenciar médiuns e assistentes a terem uma visão distorcida da realidade, nem que para tal, induzam ao erro, mintam, faça lavagem cerebral, massifiquem diuturnamente que certa é a “ressignificação” que disseminam maliciosamente, almejando monopolizar o discurso e assim jogar espíritos contra pessoas, criar conflitos entre brancos e pretos, entre mulatos e brancos, entre brancos e cafuzos etc., sonhando em transformar a Umbanda em terreno de guerra fratricida.

            Para estes agentes do caos, e por que não dizer também vendilhões religiosos, o plano é segregar para enfraquecer; enfraquecer para dominar; dominar para sedimentar na mente de médiuns e assistentes uma nova ordem conceitual e comportamental, a ser acatada e aplicada por espíritos e encarnados que transitam pela Umbanda. A petulância é de tal monta que o respeito e a consideração pela Espiritualidade Maior são jogados no lixo, como se eles, os salteadores mandassem nos espíritos que trabalham nos terreiros; não reconhecem a ascendência e autoridade da Corrente Astral de Umbanda, desprezando os excelsos espíritos que a compõe, num autêntico “espetáculo” de vilania e ativismo de xepa. E o meio mais rápido de alcançar seu intento é assediar o público umbandista através da internet. Redes sociais como YouTube, Facebook e Instagram têm sido bombardeadas pelo maquiavélico plano de “revisão” do que foi estruturado, organizado e aplicado pela Corrente Astral de Umbanda na formatação de nossa religião.

            Mas, afinal, quem são e o que os infiltrados na Umbanda estão tramando? Quanto à primeira indagação, respondemos: São os que fazem parte do mesmo grupelho que tenta macular a imagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade espiritual anunciadora da Umbanda no plano terreno; que não medem esforços em depreciar  a figura histórica e de vanguarda de Zélio Fernandino de Moraes, sua família, seus parentes, amigos, médiuns missionários, jornalistas renomados do início do século XX, e uma gama de pessoas que estiveram presentes e foram prova viva dos acontecimentos históricos ocorridos em 1908 (vide matéria nº 51 de nosso acervo – A História Permanece, os Delírios PassamA Tentativa de Desconstrução (Destruição) da História da Umbanda.

            E o que planejam? Pasmem, fiquem perplexos, indignados, mas o que eles desejam é substituir os atributos positivos que a imagem dos arquétipos Caboclo(a) e Preto(a)-Velho(a) projetam sobre as pessoas por atributos negativos, nocivos à imagem de nossa religião, assim como perverso para os médiuns, fiéis e simpatizantes. Querem arruinar o que foi estabelecido pelo Plano Espiritual.

            Para nossa tristeza, quando não revolta, certas ideologias, alienantes por natureza e destrutivas por finalidade, têm sido introduzidas dentro de nossa religião para dar vazão a doutrinas plantadas por mentes obtusas e manipuladas por falsas narrativas, e que acabam reproduzindo o que lhes foi incutido por seus aliciadores dentro do Movimento Umbandista. Para eles, ervas-daninhas a serem arrancadas pela raiz para não mais brotarem, os arquétipos Caboclo(a) e Preto(a)-Velho(a) devem ter suas respectivas imagens que emanam e projetam atributos tais como sinceridade, altivez, retidão, coragem, disciplina, bons conselhos, candura, paciência, humildade, sabedoria, simplicidade, alegria etc., MODIFICADAS para imagens opostas as que lhe foram atribuídas pela Corrente Astral de Umbanda. Desejam que os espíritos que atuam na Umbanda sob os mantos arquetípicos citados passem a adotar e difundir caracteres de revolta, vingança, indignação, belicosidade, ódio, rancor, subversão, confronto social, e que estes sentimentos mencionados sejam  lançados e absorvidos por médiuns e fiéis, estabelecendo e estimulando uma atmosfera de hostilidade, de disputa, de acirramento entre pessoas brancas, pretas, mulatas, cafuzas, mamelucas, indígenas e amarelas, ou de embate entre camadas sociais diferentes, ou ainda promovendo a discórdia entre os de níveis intelectual, cultural e financeiro distintos. Na visão destes maléficos encarnados, a Umbanda, através de seus arquétipos espirituais, deve reproduzir a luta, o conflito, as desavenças, o confronto entre brancos, pretos e indígenas do século XVI e seguintes do período escravocrata. Almejam fragmentar a Umbanda, enfraquecer os umbandistas, fazendo do sagrado ferramenta para o profano. Fraternidade? Que nada! Para eles o que importa é a famigerada militância deletéria (destrutiva).

            Tentar suprimir os valores espirituais de uma religião, deformando o significado dos arquétipos espirituais Caboclos(as) e Preto(as)-Velhos(as), induzindo em erro conceitual médiuns e assistentes, e ainda e sobretudo, acharem que têm poder para desconstruir o que o Plano Espiritual edificou com maestria, é serem PREPOTENTES e INCONSEQUENTES. Sim, irmãos umbandistas, eles querem mandar na Espiritualidade; querem que a Corrente Astral de Umbanda se curve as suas ideias transloucadas; querem que os espíritos sejam servos de suas vontades, de seus ideais intoxicantes, para transformarem os terreiros em palanques políticos e/ou centros de doutrinação ideológica repugnante com pautas ativistas e delirantes, e os trabalhadores espirituais em mensageiros da desavença.

            Três avisos aos vilões:

            * Num passado não muito distante certos indivíduos chegaram a ter a desfaçatez de tentar registrar o nome Umbanda no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), e assim dominar e monopolizar tanto o termo Umbanda como a própria religião, para impor seus interesses financeiros e ideológicos. Não obtiveram êxito, claro, e foram tragados pelo descrédito, pela desmoralização e pelo abismo espiritual. Deixaram “crias”, algumas das quais tentam colocar em prática outras formas de subjugação aos que professam a nossa religião; também fracassarão. E mais: Colherão o que plantarem, eis que a Espiritualidade de Umbanda não dorme.

            *Os umbandistas sérios e responsáveis estão atentos e colocarão os transgressores no lugar que merecem, vale dizer, no limbo.

            *A Espiritualidade está “de olho” naqueles que tentam desfigurar a Umbanda, e fará pesar sobre eles a Lei de Causa e Efeito, a Lei de Ação e Reação.

            Contra os que tentam e tentarem corromper a Umbanda, levantem escudos e digam: AQUI NÃO!

            Saravá Umbanda!