Umbanda Hoje

A DEFUMAÇÃO:
SEUS EFEITOS ASTRAIS E FÍSICOS

“Defuma com as ervas da Jurema Defuma com arruda e guiné
Com benjoim, alecrim e alfazema Vamos defumar filhos de fé”

          Deus, perfeito em sua criação, dotou o Homem de vários sentidos, para que seu espírito tivesse assim portas de comunicação com o mundo físico, ajudando-o a viver, integrar-se e evoluir nesta escola chamada Terra. Dentre estes sentidos está o olfato, que ao captar os aromas nos despertam lembranças e associações, aflorando nossas emoções e fazendo-nos rir ou chorar de saudades. Quem já não voltou ao passado, sentindo fragrâncias que fizessem lembrar a infância distante? Ou, para nós umbandistas, que ao sentirmos o aroma provindo do charuto ou cachimbo, não lembramos imediatamente de nossos queridos Caboclos e Pretos Velhos?

       Assim, através dos aromas podemos ficar relaxados, agitados, próximos ou afastados de pessoas, coisas ou lugares. Por este motivo, os templos do antigo Egito, dos Hindus, Persas, e hoje os Templos Umbandistas, católicos, esotéricos etc., sensibilizam o olfato através dos odores da defumação, harmonizando e aumentando o teor das vibrações psíquicas, produzindo condições de recepção e inspiração nos planos físico e espiritual.

        Além de influenciar nossa psique, as ervas utilizadas na defumação são poderosos agentes de limpeza, que tornam o ambiente mais agradável e leve. Ao queimarmos as ervas e resinas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos no solo da Terra, absorção de magnetismo solar e lunar, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, sensualidade etc.

         Existem para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação diferentes tipos de ervas e resinas que, associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queima-las seus elementos etéreos produzem reações agradáveis ou desagradáveis  no mundo invisível.
Há vegetais cujos componentes são agressivos, repulsivos, picantes ou corrosivos, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. Os antigos Magos, graças aos seus conhecimentos incomuns, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia.

        Apesar das ervas servirem como barreiras fluídico-magnéticas contra  espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, e que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades). Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos.

      A defumação deve ser feita em turíbulos de barro (elemento natural e neutro), que mantêm as qualidades e os efeitos dos elementos constitutivos dos ingredientes a serem queimados. Efetuar defumação em recipientes de alumínio, ferro ou similares é um equívoco, pois que estes metais ao entrarem em contato com o carvão em brasa liberam toxinas que irão neutralizar total ou parcialmente a eficácia das ervas e resinas. Convém lembrar que ao se manipular o defumador deve-se estar concentrado, a fim de se potencializar seus efeitos, impedindo que este ato litúrgico-magístico de limpeza ou de atração de energias positivas se transforme apenas em movimento mecânico de agitação do turíbulo.

            Salve a Defumação!