Umbanda Hoje

EM BUSCA DE PRESTÍGIO

               À luz de uma análise profunda, cuidadosa e imparcial sobre as várias vertentes da manifestação humana e seu impacto em nossa Divina Umbanda, direcionaremos nosso foco para mais um aspecto negativo que tem infligido severos danos ao avanço da Umbanda-Religião. E grifamos e sublinhamos os termos para diferencia-los de Umbanda-Corrente Espiritual, que, aliás, vai muito bem obrigado!

            Em alguns núcleos umbandistas ou ditos umbandistas, por conta de buscarem uma falsa compensação frente à ausência ou pouca expressão que revelam em sua vida pessoal, social, profissional etc., fato que em muito os incomoda em razão de viverem em função da vaidade e do egocentrismo, sentimentos que em regra dinamizam suas existências, certos responsáveis materiais andam a se utilizar dos templos que dirigem para tentar alcançar notoriedade e prestígio junto à população, num incontido desejo de minimizar frustrações pessoais e buscar o “reconhecimento” massageador do ego.

            E para isto, deixam de lado as bases e diretrizes da Umbanda, vale dizer, o amor, a caridade, a humildade, a simplicidade, a fraternidade etc., para darem espaço a uma busca incessante pelos holofotes da vida. Tratam de arquitetar e por em prática métodos reprováveis para serem percebidos, seguidos e admirados, e assim desfrutarem das “delícias” de seu arenoso “reinado”.

            A arapuca mostra-se então como poderosa armadilha a atrair, envolver e subjugar as pessoas de boa fé, inundando-as com falsa sabedoria, impressionismo estético e promessas inverossímeis. Aos que são atraídos por sintonia vibratória e se comprazem com espetáculos teatrais, nada mais “salutar”  do que ofertar ao dirigente o “pão” alimentador da vaidade e do ego. Elogios, bajulações, “tapinhas” nas costas são a tônica destes lugares que, em troca, oferecem aos espectadores o deprimente “circo” que tanto procuram, numa patente, nebulosa e triste obsessão recíproca.

            No âmbito espiritual, certamente tal inversão de valores acaba atraindo para estes espaços espíritos vaidosos, narcisistas, avarentos, viciados, que passarão a se ”alimentar” das emanações psíquicas dos ali presentes, de inequívoco teor negativo.

            E como devemos nos portar diante de tal quadro?

            Bem, respondemos,  se houver campo propício para conscientizar o dirigente, os médiuns e os freqüentadores destas pequenas coletividades do equívoco em que estão incorrendo, fazendo-os enxergar e absorver valores positivos, assumamos com coragem e responsabilidade esta nobre tarefa de regeneração e elevação destas consciências ainda adormecidas em questões sem importância.

            Se de outro modo, não for possível tal intento, a melhor postura a se tomar e deixar que estes lugares mergulhem no ostracismo, no isolamento, na indiferença daqueles que respeitam e conhecem o grande valor que a Umbanda tem.

            Mais cedo ou mais tarde, a Lei de Causa e Efeito se fará sentir com toda a sua força e equilíbrio, implacavelmente jorrando sobre estes locais os frutos de suas ações.

            Salve a Umbanda!